Diz-se que os Macwaia, ou Machvaya, como são mais conhecidos no Brasil, originaram-se de uma ramificação Lovara estabelecida na Sérvia (antiga Iugoslávia). Fato é que eles estão, hoje, entre os subgrupos rhomá mais numerosos, e a Guerra dos Bálcãs, no início do século XX, acarretou um significativo aumento do número de Machvaya vivendo em outros países, entre eles o Brasil. São músicos por tradição, profissão na qual ainda são muito requisitados nos vilarejos da Sérvia independente dos dias de hoje. No entanto, mantêm estreitas ligações com a comunidade Servijája (ou Servika) de ferreiros.
Alguns especialistas observam nos Machvaya uma tendência maior para a sedentarização e a assimilação da cultura não-cigana, comprometendo a própria identidade romani em uma condição de “cripto-ciganos” (pessoas rhomá que escondem ou dissimulam a origem romani). No que me diz respeito, não vejo neles uma tendência maior nesse sentido do que em todos os outros grupos e subgrupos rhomá, especialmente os Sinti, do qual faço parte.
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