quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Como Trabalhar com os Espíritos Ciganos

 Como Trabalhar com os Espíritos Ciganos


Nenhuma descrição de foto disponível.Bem uma coisa que é necessária ser dito logo de cara, é que Mediunidade não nos faz superiores, em nenhum aspecto. Muito pelo contrario, é preciso dizer que o discernimento é a arma mais necessária nesta estrada, pois virão a nós medidores, pessoas de boa Fé e todo o tipo de pessoa.

Pode parecer um contrassenso alguém dizer a uma pessoa que ela precisa verificar se a tsara que ela frequenta ou quer fazer parte é digna de credibilidade. Mas, não é. A experiência demonstra que existem muitos problemas, que os frequentadores precisam identificar com precisão para não serem prejudicados por eles. O Mundo Espiritual dos ciganos é um organismo que apresenta inúmeros desvios de sua verdade, que é um mundo puro e simples.

Outro dia um amigo me confidenciou que estava muito preocupado com a profusão de sorrisos e calor humano no interior das tsaras. E que se nosso povo é otimista, trazendo nova luz para a vida, por que é que há tanta gente, que crê que ser carrancudo, é sinônimo de seriedade dentro do trabalho em si.

De fato, o caminho que deve vir através de seus dirigentes e trabalhadores, à guisa de manter a seriedade, sem comprometer o seu bom humor, a simpatia, o calor humano, como se o mundo das dificuldades que os ciganos passaram se resumisse às suas carrancas, ao sofrimento e ao pessimismo.

Não podemos esquecer que normalmente quem procura o mundo espiritual está com dificuldades, está desanimado, está sofrendo.
Se mantivermos uma postura sisuda, com humor fechado, e sem a luz de um sorriso, devemos saber que temos a chance de estarmos contribuindo para influenciar negativamente aqueles que nos procuram, piorando a sua situação.

Que jamais faltem sorrisos, pois nada mais animador do que ser recebido com um sorriso e com calor humano. Pois nós não somos máquinas. Somos seres humanos, seres espirituais, tendo o compromisso de transformar o mundo para melhor. Para que sombras em nosso rosto? Não podemos esquecer que o abismo atrai o abismo e que sorrir sempre é a garantia de espalhar a paz e a alegria a contagiar aqueles que estão ao nosso redor, onde quer que seja.

E a casa espírita detém um papel de fundamental importância como irradiadora da luz, sendo nossa postura a lâmpada a propagar essa boa energia. Se fecharmos o nosso rosto, estaremos impedindo o fluxo dessa luz. Pois "cara" fechada não é sinal de evolução.

Existem três perspectivas sob as quais se podem falar em Educação Espiritual. E certo que elas acabam se unificando num só conceito. Um aspecto deriva do outro e formam uma visão única. Espiritualidade como Educação. A essência é a Educação. Ter educação mediúnica, aprender. Melhor compreende o mundo invisível quem o compreende pedagogicamente, como diria Kardec.

No relacionamento com pessoas da assistência, o educador/trabalhador saberá exercer sua tarefa, sem impor suas convicções. Irradiar otimismo, disposição, energia e serenidade todas aquelas virtudes que vimos deve ser uma consequência natural da sua compreensão de mundo.

Manifesta-se aí o compromisso de agir, tanto no sentido moral quanto intelectual e mesmo estético, sempre avaliando a vaidade mediúnica, que pode atingir tanto nos aparatos quanto no trato pessoal. E preciso abolir o conceito ultrapassado de que a boa vontade supre todas as deficiências. O círculo se fecha. É imprescindível criarmos um ciclo educativo completo, pelo qual possamos educar pessoas pelo menos humanistas, que se ponham na sociedade e espíritas mais conscientes, e mais integrada e fundamentada.

No Brasil, houve um processo e há, talvez historicamente necessário, de conquista do povo cigano espiritual. Centros e Tsaras diversas atendem diariamente a milhares de pessoas em todo o país. Com isso, esta cultura penetrou em todas as camadas da sociedade e multiplicou adeptos e simpatizantes. Pois a cultura espiritual dos ciganos sempre como em outras linhagens também, se depara com frequência de pessoas traumatizadas por perdas dolorosas ou portadoras de complexos problemas obsessivos, ou alegóricos a respeito da cultura espiritual, é necessário saber a hora e como descortinar estas impressões que ficam tão arraigadas em cada ser.

A proposta da vida espiritual, é um retorno as raízes ciganas da alma, é a libertação das consciências e a formação de trabalhadores cientes do papel que desempenham, pois são parceiros dos ciganos astrais.

Essa divina parceria trás libertação de tabus, preconceitos e atitudes castradoras, que impedem o crescimento. Há que se esclarecer o papel da casa, para nós e para o trabalhador, a fim de que não nos percamos em meio aos pontos de vista de certos indivíduos, que, mesmo cheios de boa vontade, estejam desconectados com a proposta do Astral. Não basta conservar a cabeça cheia de sonhos e de ideias maravilhosas, enquanto as mãos permanecem vazias de realizações.

A "Incorporação" se dá através da utilização do médium pela entidade. De certa forma poderíamos comparar à uma espécie de "osmose' entre entidade e médium. Ou como dizem alguns, as entidades irradiam energias sobre determinados chackras de forma a controlar em maior ou menor grau de consciência, tomando assim do sistema fônico, mental e da parte motora do médium, e se faz uso para seu trabalho. Sabe-se que as entidades desencarnadas precisam de algo que somente o ser encarnado possui, o ectoplasma.

O Astral Superior, com certeza sabe aquilo que é melhor para cada um. Esta atitude de convencimento pelos espíritos ciganos, o que forçará os médiuns a participar com algo mais que seu corpo, seu tempo e sua boa vontade Terão que participar com a mente, o espírito e a responsabilidade. Terão que estudar e evoluir, sem direito às desculpas referentes à ignorância do que ocorre, seja espiritual, seja cultural/intelectual. È uma maneira de forçar o ser a evoluir. Nós evoluímos, as nossas entidades também, nada é estático, por isso devemos perceber que muitas mudanças já ocorreram.

É, as vezes atos e atitudes que a gente não pensa no momento, mas que nos toma de coração e entrega, resulta e nos conduz para e pelos caminhos da espiritualidade e sem perceber, tudo toma proporção que antes nem imaginávamos. Nesta viagem próspera e cheia de alegrias, colhemos surpresas agradáveis e desagradáveis pelo caminho do aprendizado, alguma pequena tristeza, um pouco de ingratidão, bem, tudo o que faz parte desta caminhada de evolução humana e espiritual.

Porém sabia também que muitos trariam seu “Compromisso” astral, assumido diante das palavras sagradas, com Amor Intenso, Visceral e para a Vida Toda.

Outros não, talvez não estivessem prontos para a grandeza do presente e da oportunidade que é ser médium, pois são pessoas que podem libertar conceitos, trazer luz, e fazer um trabalho lindo, a partir da conduta despida de medo, auxiliando, trazendo luz e mesmo os que não fazem bom uso do que foi ofertado,

A caminhada espiritual nos proporciona um aprendizado valioso a respeito do ser humano. Aprendemos sobre o Amor, a Fidelidade, a Lealdade, a Amizade, sobre os Espíritos, sobre a Inveja, a Cobiça, o querer se Sobrepor, as Fantasias Humanas (no bem e no mal), a Carência, a Ingratidão, a Loucura, sobre a Traição, a Influência Nefasta, sobre a Mentira, as Incertezas, a Bajulação, sobre a Ambição Mediúnica e tantos outros sentimentos. Que fazem parte, e trás a verdadeira prática da fé, que caminha ao lado do entendimento e da valorização integral da vida. É o viver para si e para o outro que compreende a complexidade da existência e da necessidade intensa de relacionamento com o próximo como parte do processo natural da vida.

O exercício sempre conflitou de forma bastante intensa no relacionamento entre as pessoas. Testemunhar a religiosidade muitas vezes esteve ligado à demonstração da vida espiritualizada por meio da honra ao compromisso, já que não podemos medir, ou avisar a todos os que nos procuram que não estaremos no lugar onde foi combinado o serviço ao próximo como uma forma de compromisso com Deus e com o mundo.

Por muitos e muitos anos, o compromisso com a plenitude da vida em seus muitos aspectos ainda não é reconhecido por todos como deve ser a verdadeira expressão da religiosidade, na medida em que nos intimidamos com a primeira adversidade.

A prática da religião como compromisso ético e social, pode ser caracterizada pelo respeito e amor ao próximo, independente de suas diferenças; pelo cuidado e o zelo pela Terra, preservando; agindo de forma protagonista e transformadora nas Casas Religiosas, sendo anunciadores de boas novas e combatendo todas as formas arbitrárias que oprimam, diminuam ou excluam as pessoas; justamente porque o Povo Cigano, é Raça Excluída, buscada apenas na superficialidade por aqueles que não conseguem ver além do papel religioso (dito religioso e sem compromisso), é aquele que não pode compreender que somente sendo um verdadeiro Cigano é que virá a ser inconformado com esse século, mas transformador pela renovação de nossas mentes e ações, estando presente, mesmo quando não é um tempo propício.

Ser operário da espiritualidade é tarefa, recompensadora, mas também arriscada. Ser é ser alvo de críticas, perseguições, descontentamentos, e etc. Além desses problemas, existem armadilhas que podem comprometer o desempenho e até mesmo afastá-lo para sempre da jornada.

Por Ramona Torres - Cigana Kalon Evoriana

quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Quem são os ciganos com jarro?

 Quem são os ciganos com jarro?


Pode ser uma imagem de 2 pessoasMuitas são as imagens espalhadas de ciganos e de ciganas carregando um jarro, sejam estas apresentadas por meio de desenhos, de pinturas rebuscadas ou de estatuetas. Mas porque isto acontece?
Primeiramente há que se lembrar da existência das entidades espirituais conhecidas como Cigana do Jarro e Cigano do Pote, motivos mais que suficientes para propagação de figuras assim. Todavia, nem todas as reproduções com jarro e pote estão relacionadas com estes dois espíritos ciganos em específico, na verdade vão bem além.
Os cântaros são recipientes próprios para armazenar líquido, no caso das retratações em que os ciganos seguram tais objetos ou fazem menção a eles, trata-se de homenagens à essência do povo nômade, andarilho, que precisa ir em busca da água para sua sobrevivência diária, descartando assim a hipótese única de referência à Cigana do Jarro e ao Cigano do Pote.
Além de que, tais imagens também revelam algumas entidades astrais que trabalham prioritariamente com o Elemento Água que simboliza o mundo das emoções.
Portanto, quando um Cigano Espiritual é identificado com este utensílio, deve-se considerar como a representação simbólica de um Espírito que ajuda e protege quem dele precisa no campo afetivo/amoroso. Igualmente incentiva à sensibilidade mediúnica, o misticismo e às criações artísticas; ainda acolhe e aconselha o médium ou o consulente através de palavras doces e sábias. E quando refere-se ao lado negativo da vibração do Elemento Água, o Espírito Cigano possuidor da magia deste Elemento, cuida de afastar à instabilidade, às ilusões, às paixões desordenadas e às confusões emocionais que um indivíduo possa vir a ter, isto entre outros excessos causados pela emanação obscura da energia aquática.
Fonte: Valéria Fernandes
Cigana do Jarro, Ponto Cantado:
Se hoje tem festa lá na praça, Lanã com seu povo cigano
Alupandê para Cigana do Jarro, alupandê Tiriri Lanã
E ele toca seu lindo violino, para saudar a Cigana do Jarro