quarta-feira, 16 de setembro de 2020

ASTROLOGIA CIGANA

ASTROLOGIA CIGANA


Taça


21/01 a 19/02
Está relacionado este signo a criatividade de seus nativos, bem como a sua excentricidade, otimismo e alegria. O amor de taça é forte, duradouro e sério baseado na confiança e amizade. Seu ponto negativo centra-se em serem contestadores natos, provocando, muitas vezes, discussões sem razão e que não levam a nada. No entanto, são humanitários, solidários e cheios de esperança.
Capelas
20/02 a 20/03
São seus nativos compreensivos, amorosos e românticos. No amor é discreto, carinhoso e sensível. Seu ponto negativo reside no fato de tenderem a desilusão, bem como a dependência afetiva e a solidão. Mas, são também cheios de humildade, compaixão e muito inspirados espiritualmente.
Punhal
21/03 a 20/04
Seus nativos são apaixonados, aventureiros e intensos. No amor é direto e sincero, desprovido de subterfúgios, adepto do amor a primeira vista. Sua negatividade está em sua agressividade e arbitrariedade, assim como em sua impulsividade. Contudo, são também dinâmicos, espontâneos e cheios de energia.
Coroa
21/04 a 20/05
O nativo de coroa ama intensamente e possui uma gratidão incomparável. É também requintado, produtivo e valoroso. Seu ponto negativo está em seus ciúmes desmedidos, rancor e possessividade. Porém, podem ser práticos e ter um grande senso estético.
Candeias
21/05 a 20/06
É curioso e interessado em aprender, comunicativo e versátil. No amor é calmo e pacífico, adorando jogo da paquera. Seu ponto negativo está em sua tendência a ser infiel e superficial. Entretanto, são inteligentes e sempre sociáveis.
Roda
21/06 a 21/07
Sonhador, romântico e afetuoso para com todos, este é o perfil do nativo de Roda – alguém dedicado ao amor. Sua negatividade reside em sua ansiedade, em sua tendência a lamentações e a chantagem emocional. No entanto, também são sensíveis, intuitivos e protetores.
Estrela
22/07 a 22/08
Seus nativos são imponentes, seguros e nobres. Mas também podem ser egoístas, narcisistas e orgulhosos ao extremo, especialmente no amor. Contudo, são também pessoas de grande caráter e cheios de alegria de viver.
Sino
23/08 a 22/09
São pessoas de grande concentração e de um profissionalismo ímpar. No campo afetivo ama poucas vezes mas sempre de forma duradoura e fiel. Seus pontos negativos estão em suas manias e seu hábito de criticar de forma cruel. Mas, também são organizados e perspicazes.
Moeda
23/09 a 22/10
Seus nativos são sociáveis, falantes e especialmente conciliadores. No amor é equilibrado, respeitador e companheiro. Mas podem ser também bajuladores, interesseiros e injustos. Porém, são pessoas elegantes e amigáveis.
Adaga
23/10 a 21/11
Possuem seus nativos um magnetismo enorme, assim como uma vitalidade incomparável. No amor são sensuais e ardentes, cheios de criatividade. Sua negatividade está em sua tendência a manipulação, ao rancor e a vingança. Mas também são generosos, líderes responsáveis e de grande fé.
Machado
22/11 a 21/12
Seus nativos são pessoas positivas, de bem com a vida e joviais. No amor é arrebatado e entusiasmado sempre. Seu ponto negativo está em seu deboche, humor ácido e exageros. Mas também podem ser idealistas, otimistas e cheios de espírito esportivo.
Ferradura
22/12 a 20/01
A sinceridade dos nativos e Ferradura é notável, assim como sua maturidade e honestidade. No amor é direto e cheio de verdade. Sua negatividade está em sua avareza, ambição desmedida e em sua tendência a frustração. Mas, estes nativos também podem ser pessoas de bom humor, elegantes em suas relações pessoais e conscientes.

Elaborado por Lyanka Alexys

A HISTORIA DE IVAN

A HISTORIA DE IVAN

Ninguém ao certo sabia o que ia em seu coração…
Homem carismático e impetuoso! Quando seu pai morreu em batalha, estava claro que seria ele a sucedê-lo na liderança do clã. Mas não foi bem assim que as coisas aconteceram… Além do sofrimento pela grande perda, encheu-se de dúvidas a respeito do rumo que a guerra entre as famílias tinha tomado.
Era acima de tudo um idealista, um sonhador! Almejava a paz para os povos, a união de todos em uma Grande Família! Sempre esteve a frente de seu tempo! E por inúmeras vezes tentou mostrar ao líder de seu povo, seu pai, a possibilidade de suas idéias… Por vezes, saiu triste e frustrado de suas reuniões com o Conselho.
Era em vão tentar mostrar àqueles homens que existia um mundo diferente além de suas tradições arcaicas.
Parecia só, muito só!
Encontrava conforto na música, na dança, na alegria em volta da fogueira acesa todas as noites no centro do acampamento!
Afinal era um cigano! E quando tomava na mão seu violão, tocava-o com paixão, deixando a todos embriagados com seus sons, por vezes fortes e vibrantes, por vezes suaves lamentos, chorosos, doídos! E como dançava! Procurava seu par com aqueles olhos negros a vagar entre as moças sentadas ao redor.
A escolhida levantava-se impulsionada pela força daqueles olhos profundos, repletos de promessas… Bailavam…bailavam e enchiam os olhos da platéia com a dança sinuosa, cadenciada e passional de seus antepassados.
 Tinha todas as mulheres presas a ele, mas não era de ninguém. Nunca foi. Seu coração era livre, era do mundo, era da vida.
Passaram-se os dias e a sucessão se aproximava… Procurou por ela, Carmen, sua irmã de coração, amiga e confidente.
Pediu que ela se encontrasse com ele à beira da estrada, longe do acampamento, quando todos já tivessem se recolhido às tendas para dormir.
E assim foi… Quando ela se aproximou do lugar marcado para o encontro, lá estava ele, ao lado de seu cavalo selado, pronto para partida.
Parecia uma visão fantasmagórica iluminada pela luz da Lua que ia alta no céu estrela do
Fechou a mão ao peito, como se com esse gesto pudesse conter a dor que sentiu naquele instante… Sabia! Nada precisava ser dito! Ivan estava indo embora, fugindo ao seu destino… Que desgraça, meu Deus!
O que seria dele!…
Ele se adiantou, caminhando tranqüilamente até ela, segurou suas mãos firmemente, e olhando-a nos olhos, jurou que um dia iriam se encontrar novamente. Pediu que ela fosse portadora de suas palavras junto a seu povo.
Ele não os estava abandonando à própria sorte. Precisa fazer isso! Por eles! Estava indo em busca de um ideal, para que as gerações futuras não mais sofressem com tanto derramamento de sangue, tanta dor, tanto medo! Pediu que não chorasse e que mantivesse acesa em seu peito a chama da esperança! Num último gesto, tirou o punhal da cinta e entregou-o a uma Carmen atônita, seu objeto mais precioso, símbolo do sangue cigano que corria em suas veias.
Ela, Carmen, com o punhal cravejado de rubis às mãos, vendo Ivan montar o cavalo e se preparar para deixá-la só, sozinha com seus pensamentos, teve forças para levar o punhal aos lábios, beijá-lo e apertá-lo junto ao peito, em sinal de juramento eterno. E ali quedou-se, e permaneceu por um longo tempo, admirando a silhueta do homem e seu cavalo desaparecer ao longo do caminho e da mais completa escuridão…
 
Ao longo dos anos após sua partida, pouco se soube de Ivan. Para seu povo, era um renegado! Muitos admiraram seu ato, mas permaneceram em silêncio…
Apenas Carmen o defendeu abertamente e por isso foi punida com o exílio. Sumiu no mundo sem deixar rastro, como se nunca tivesse existido! O cheiro de vingança pairou sobre aquela tribo de nômades… Um dia haveria sangue negro para aplacar o ódio que ia no coração de alguns, por terem sido enganados e ridicularizados abertamente por aquele homem-menino inconseqüente!
O homem-menino deixou de ser menino… Ganhou o mundo! Andou por novas paragens, conheceu outras culturas, fez amigos e inimigos.
Teve todas as mulheres que quis. À elas, não prometia nada, apenas a paixão de uma noite.
E elas, queriam estar com ele mesmo assim, enlaçadas por seus encantos. Apenas uma mulher amou e odiou! Aquela o fez derramar lágrimas amargas.
Por ela foi torturado e magoado. Enganado, foi deixado para traz… Sofreu muito sua ausência, e jurou jamais acreditar numa mulher outra vêz! Aprendeu muito! Trabalhou duro! Defendeu as classes menos abastadas! Falou ao mundo sobre seus ideais! E exatamente, por isso, tombou… Preso, viu seus dias se escoarem pelos vãos daquela cela fétida…
Não queria morrer assim! Amava a liberdade! Amava a vida! Já não podia mais contemplar a natureza…sentia falta do cheiro de mato molhado após a chuva bendita… Seu violão lhe fora tirado e seus dedos não mais podiam tocar, estavam esmigalhados de tantas torturas sofridas…
Pedia a Deus todos os dias que o tirasse dali! Tinha tanto a fazer! Tinha tanto a dizer! E num dia qualquer, suas preces foram atendidas…
Foi levado à presença de dois homens, que encapuzados, como estavam, num manto negro que ia até o chão, num primeiro momento, não pode saber quem eram seus salvadores.
Apenas lhe foi comunicado que aqueles homens estavam ali para levá-lo para junto dos seus. Sorriu à vaga lembrança de seu povo…quanta saudade…
Foi solto e levado por aqueles homens a um casebre em ruínas afastado da cidade… Tamanha era sua alegria em ver o Sol, o rosto das pessoas, o som da liberdade novamente, que nada desconfiou, nada percebeu a cerca de seu destino…
Chegado ao local, foi preso novamente a grossas correntes, numa cela úmida e sem janelas, em total escuridão… Lutou pela vida bravamente, até que aceitou sua situação! Viu o ódio nos olhos daqueles homens, eram seus Vingadores. Num primeiro momento, revoltou-se. Mas depois, teve pena daquelas pobres criaturas que se deixaram consumir por sentimentos malditos!
Seriam almas sujas de sangue pela eternidade… Sentiu o primeiro golpe de punhal em seu flanco esquerdo…Depois, mais outro e mais outro e mais outro…
A carnificina estava sendo executada afinal!
 E o destino daquelas três pessoas estava sendo selado naquele momento…
O derradeiro instante se aproximava, e com ele veio o último golpe, na boca do estômago… Ivan então foi deixado só, em agonia, ainda com um fio de vida a passar por seu corpo…
Fechou os olhos, viu sua vida inteira passar em sua mente como num filme… Soltou um profundo lamento!
Fez uma breve oração! Se perdoou e perdoou a todos que o magoaram…. Viu Carmen pela última vez! Sorriu! Sua promessa estava cumprida! E só então entregou-se, de alma limpa, pronto para a nova aventura, a nova jornada que o esperava…
 Estava livre!

SEXO TÂNTRICO – KAMA SUTRA

SEXO TÂNTRICO – KAMA SUTRA

Kama Sutra, sexo tântrico, não é um pouco estranho gente tão moderna quanto nós ir buscar lá atrás, em algum momento do início da era cristã (ou mesmo antes) referências e modelos para injetar mais sentido e graça na nossa vida sexual?
O sexo sempre foi uma espécie de “campo dos sonhos” para as criaturas humanas. Nenhuma outra atividade, com exceção, talvez, da morte, foi tão revestida de tabus e de rituais. De significados e de mistérios. Isto, é bom que se diga, não tem nada a ver com moralismo, com puritanismo ou com nossas idéias cristãs de pecado. Não. Para nosso ancestrais, compreender e controlar a vida sexual era uma questão literalmente de vida ou de morte.
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Primeiros abraços
Penso nos primeiros hominídeos (é assim que os estudiosos chamam estes avós humanos ainda tão próximos dos macacos e mesmo assim, já tão longe deles). Ao que tudo indica, a posição de pé e o tamanho mais avantajado dos cérebros, fazia os bebês humanos nascerem de certa forma prematuros. Nossos filhotes exigiam cuidados redobrados e por muito mais tempo. Isto pressupunha uma colaboração inédita entre machos e fêmeas. Entre a maioria dos mamíferos, apenas alguns machos vão se reproduzir, os demais ou ficam rondando os mais velhos, sempre prestes a ocupar seu lugar, ou são expulsos para bem longe do grupo. Machos jovens eram um perigo sempre iminente para a estabilidade do grupo. Mas esta disputa biológica não combinava com o estilo cooperativo das famílias humanas do início. E foi assim em torno de uma distribuição adequada de fêmeas jovens e de modo a facilitar a colaboração e, portanto, a sobrevivência da espécie, que nasceram as primeiras realizações propriamente humanas. Nasceu o controle e junto com ele, os mitos, os rituais, os sonhos.
Estes arranjos iniciais deram forma à primeira família humana. Ao contrário do que imaginamos, ela não tinha nada a ver com a nossa fórmula pai-mãe-filhos. Provavelmente estava centrada na figura da mãe, de seus irmãos, de sua prole. Aqui, a figura masculina fundamental era, na verdade, o tio materno. E digo isto porque às vezes a gente acha que nosso jeito foi O JEITO inicial, aquele básico, modelo para todos os outros. E quem não for como nós, no mínimo, é esquisito. Nada disso. Nossos ancestrais eram mestres em criar soluções criativas e ousadas. E, afinal, podiam bem fazer isto: estavam começando do zero!!
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Orgias e rituais: o casamento sagrado
E voltando para nossa história, à medida em que a consciência humana tornava-se mais e mais complexa e sofisticada e a busca de sentido extravasava os pequenos assuntos humanos, parecia evidente que se o sexo era fundamental para garantir a própria vida, havia grandes chances de que ele também fosse o grande motor de todo o Universo. A fertilidade da mulher e da natureza associadas garantiam a vida pulsando em todos os níveis, no céu e na terra. O grande historiador das religiões, Mircea Eliade, explica que é por isto que todos os povos primitivos incluem orgias e rituais de fertilidade na sua vida espiritual (as nossas inocentes festas juninas e, é claro, o Carnaval, são lembranças destes momentos). Na época das colheitas ou no tempo de semear, as aldeias se enchiam de festa e de excitação, tudo terminando com cópulas ao ar livre que duravam até o dia clarear, trazendo de volta a rotina e o controle…
“De modo geral”, diz Mircea Eliade, “ a orgia corresponde à hierogamia (casamento sagrado). À união do par divino deve corresponder, na terra, o delírio original. Junto com os jovens casais que repetiam a hierogamia nos sulcos arados, devia produzir-se o aumento máximo das forças da coletividade (…) os excessos quebram as barreiras entre os homens, a sociedade, a natureza e os deuses (…) fazem circular a força, a vida (…) aquilo que estava vazio de substãncia, se ressarce; aquilo que era fragmentado reintegra-se na unidade; aquilo que estava isolado funde-se na grande matriz universal. A orgia fazia circular a energia vital e sagrada”.
Sexo era coisa muito séria nestes tempos. Estava longe de ser uma brincadeira deixada à mercê do gosto de cada um. E, no entanto…não soa extraordinariamente interessante? O reconhecimento da importância da vida sexual chegou aos poucos a refinamentos inimagináveis para nosso olhos gastos de Playboys.
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Sexo à moda hindu
Estamos falando do Tantra, que, em sânscrito, quer dizer algo como liberação através da expansão e cujos ensinamentos compõem tanto as escrituras esotéricas do hinduísmo quanto do budismo Vajrayna (Veículo do Diamante) também. Estes textos são muitíssimo antigos. Embora a palavra tenha surgido só no século 6, as pistas apontam para uma origem mais remota. E alguns estudiosos afirmam até que o tantra era praticado na Índia mesmo antes da chegada dos arianos e que ele faria parte das crenças das primeiras culturas humanas que floresceram acompanhando as curvas do rio Indo, como Mohenjo-Daro e Harappa. Se estas conjecturas forem verdade (o que provavelmente não saberemos e vamos ter que continuar apenas imaginando), os princípios do tantrismo acompanham os seres humanos desde o ano 2000…antes da era cristã!
As doutrinas tântricas cercam inúmeros aspectos do existir humano, mas foram os rituais dedicados ao primoramento da vida sexual que acabaram ficando famosos no Ocidente. No tantrismo, o corpo transforma-se num templo, uma expressão da essência divina, um instrumento de acessso ao ilimitado, ao transcendente.
Durante esta união sexual, chamada maithuna, cujo objetivo não é a ejaculação nem o orgasmo, mas o gozo da energia transformada, a mulher torna-se Shakti, a deusa, e o homem veste os gestos de Shiva, seu consorte. Shiva é o deus dançarino que cria, mantém e destrói o universo. Shakti é a deusa-mãe de toda a vida, fonte de prazer e caminho para a transcendência. As técnica do sexo tântrico procuram justamente revelar, por trás das nossas aparências comuns, de nosso corpos desajeitados, de nossas almas apagadas, os deuses e deusas que ainda somos. E que dormem, feito a serpente de pura energia, chamada Kundalini, em algum lugar de nós. Apenas o fogo sagrado do amor pode acordar tais personagens e nos fazer relembrar nosso parentesco sagrado.
O caminho do tantrismo propõe a exploração última dos mistérios de cada um como uma forma de alcançar a iluminação e o divino. Banalizado, resume-se a uma série meio tediosa de exercícios, que hoje são vendidos como sendo capazes de “melhorar” o desempenho sexual. Mas, no fundo, no fundo, junto com os famosos exercícios, talvez seja justamente o tempo de recuperar o espírito destes rituais e encher de significado e respeito pelo divino que habita no outro, nossa experiência sexual.
Adília Belotti é jornalista e mãe de quatro filhos. É editora responsável pelo Delas, o site feminino do portal IG, onde tem uma coluna chamada Toques de alma. Além disso, cuida do IgEducação e de um site de cultura multimídia, o Arte Digital. Agora também é colunista do Somos Todos UM.

POLARIDADE

POLARIDADE

De todos os veículos para a satisfação de nossas necessidades mais primordialmente humanas (principalmente a de amor & conexão), nenhum é mais completo (e complexo) em sua capacidade, tanto de satisfação quanto de frustração, do que um relacionamento íntimo. Funcionando bem, nada (N-A-D-A) pode dar mais prazer e satisfação. Funcionando mal, nada pode causar maior dor. E, mais do que a indústria da dieta, da boa forma, da auto-ajuda, do sucesso e da superação, nada rende mais estória (livro, cinema, música) e receitas do que fazer para conseguir “ser feliz com alguém” que tenha vontade própria e, tal como nós mesmos, suas próprias necessidades para satisfazer. Nossa facilidade em negligenciar nossos relacionamentos sob a justificativa de termos de focar em nossos trabalhos, carreiras, ganhar dinheiro e deixar nossa marca no mundo, talvez comece justamente no fato de que trabalho e dinheiro, por exemplo, são dois veículos também excepcionais para satisfação de nossas necessidades. Com uma diferença (“vantagem”): trabalho e dinheiro são coisas sobre a quais PODEMOS TER CONTROLE. Relacionamentos (que valem a pena com pessoas que valem a pena) não é algo sobre o quê podemos simplesmente impor nossa vontade.
Nesta série de artigos minha ênfase será naquilo que, pelo menos no Brasil, não tem sido falado ou escrito pelos “especialistas”. Boa parte das idéias que serão apresentadas aqui não são originalmente minhas, mas fruto da combinação dos fundamentos da Psicologia Evolucionista das Necessidades Humanas (da qual sou uma voz orgulhosamente solitária neste hemisfério) com a abordagem nada ortodoxa do americano David Deida sobre sexualidade, energia e polaridade.
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AMOR, ROMANCE E POLARIDADE: AS TRÊS FORMAS DE AMAR
A primeira coisa que deveríamos saber para maximizarmos nossa satisfação e minimizarmos nossa frustração é a diferença entre amor, romance e polaridade sexual. Você pode amar qualquer um ou qualquer coisa. Amor é “simplesmente” a ausência de separação; é quando você se torna UM com a pessoa ou com a coisa que está contemplando. Amor é UNIDADE e TOTALIDADE levadas ao ponto máximo e, por isso, não existe limite para o número de pessoas, coisas ou lugares que você pode amar. Amor é um sentimento inclusivo (que i-n-c-l-u-i). Amor é a maior das coisas e, por isso, o maior dos assuntos. Mas, paradoxalmente, pode ser condensado assim: amor é tornar-se UM com o OUTRO, UM com TUDO, UM com o TODO, UM com o SEMPRE. O resto, deixo para o Djavan explicar na canção Faltando Um Pedaço e para o Renato Russo encerrar com sua Monte Castelo.
Romance é um sentimento exclusivo (que e-x-c-l-u-i), significando que quando começamos isso com alguém, nossa tendência é excluir todas as outras pessoas dessa esfera específica de nossa atenção. A situação clássica é: “finalmente, esta é A PESSOA, aquele ou aquela por quem sempre procurei”. Você sente uma profunda familiaridade por essa pessoa em especial e, uma das muitas possíveis razões para isso é que a pessoa atende (ou parece atender) todas as suas regras e critérios sobre o que a pessoa ideal deve ser, ter ou fazer. A criatura em questão tem o poder (ou o encanto) de fazer você sentir-se “em casa” de uma forma irresistível. Isso é romance, ou “se apaixonar”. Começa com um sentimento forte de TOTALIDADE (vocês parecem ter e ser tudo um para o outro) e UNIDADE e SIMILARIDADE (você e o outro se acham tão parecidos como se conhecessem um ao outro “a vida toda”.) Parece coisa do destino, karma, “vidas passadas”, alma gêmea.
Mas, inevitavelmente, enquanto que, com o passar do tempo um relacionamento baseado em amor apenas cresce e se fortalece, romance, na grande maioria das vezes, termina em frustração. Quando, inevitavelmente, a novidade se torna certeza, a certeza se torna se torna castigo: seu “par perfeito” se torna perfeitamente equipado para causar-lhe frustração e irritação. Essa pessoa que em um momento foi tão especial, mágica e perfeita, que lhe daria tudo o que você sempre quis, que traria amor e preenchimento sem fim para sua vida, parece tornar-se precisamente a pessoa que não lhe dá aquilo que você quer. A pessoa que antes tinha a capacidade de despertar o melhor em você agora tem a habilidade de despertar o pior, apenas por ser quem ele ou ela é. E você faz o mesmo para ele ou para ela.
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POLARIDADE SEXUAL
A força sutil da polaridade sexual permeia e contorna tudo em nossas vidas. Influencia nossas escolhas mais precoces na infância, determina com quais brinquedos iremos brincar, se iremos preferir a companhia de meninos ou de meninas, se teremos mais encanto pelo microscópio e pela enciclopédia ou pelas cores e pela música, se gostaremos mais dos números, da abstração e da filosofia ou se nos renderemos ao apelo da dança, do drama e dos (muitos) sapatos coloridos. Se seremos conduzidos mais pela inteligência do corpo e pelas sensações ou pela direcionalidade da cabeça e sua transcendência. Se buscaremos mais por amor ou por liberdade, se nos sentiremos mais atraídos pela vida ou mais seduzidos pela morte.
Polaridade sexual é a atração ou a repulsão magnética entre a energia Masculina e Feminina presente (ambas) nos homens e nas mulheres. É o que está por trás (ou por dentro, na frente, em cima ou em baixo) do fato de algumas pessoas terem o poder de provocar em você o aumento da temperatura do seu corpo, enrubescer seu rosto, disparar a batida do seu coração, levar caos ao seu padrão normal de respiração, fazer você transpirar ou hidratar partes bem específicas do seu corpo. É o que nos deixa desconfortáveis (fisiologicamente abalados) com a presença da melhor amiga ou do melhor amigo de nosso cônjuge ou da pessoa com quem temos um compromisso. É o que desafia a consciência, testa os valores e pode por em xeque a identidade dos pais quando suas filhas deixam de ser garotinhas, tornam-se mulheres e começam a transpirar sensualidade, exercendo uma atração muitas vezes maior do que suas mães agora conseguem. É o que deixa um casamento cheio de vida e que, quando vai embora, leva junto a vida e o tempero da relação. Somos afetados pela polaridade dos pés a cabeça, da superfície da pele ao fluxo sanguíneo. Até nós a entendermos e descobrirmos que essa força pode ser conscientemente acionada ou desativada, nós a chamamos e a limitamos à idéia de “química”.
Polaridade sexual é um campo de energia que flui entre duas pessoas. Quando essa atração magnética deixa de existir em nosso relacionamento íntimo começamos a sentir que está “faltando alguma coisa” e geralmente culpamos nosso parceiro ou parceira ou a nós mesmos, sem entender exatamente o que está acontecendo (ou deixando de acontecer). Para entender nossas oscilações (cíclicas) da atração para a repulsa (ou da paixão para o desgosto), temos de entender como a polaridade sexual funciona. Como a eletricidade e o magnetismo, a polaridade sexual requer dois pólos. Assim como para a eletricidade fluir é necessário um pólo positivo e um negativo e, no magnetismo, um pólo norte e um pólo sul, para que a energia sexual flua é necessário também dois pólos: Masculino e Feminino.
Uma força magnética natural flui entre os pólos masculinos e femininos das pessoas e é por isso que, por exemplo, se você e um grupo de amigos ou amigas estão envolvidos em uma conversa e uma pessoa do sexo oposto extremamente atraente entra na sala, uma força quebra automaticamente a “harmonia” ou a concentração do grupo. É a força da atração automática entre a energia Masculina e Feminina que faz com que seu corpo, sua mente e suas emoções respondam automaticamente, como a agulha de uma bússola reage a aproximação de qualquer objeto magnetizado. Quando dois magnetos estão orientados de forma que seus pólos opostos (norte e sul) se aproximem, esses dois pólos se atrairão. Mas quando a aproximação é feita pelos dois pólos similares (de força igual), esses dois pólos irão repelir um ao outro.
A mesma coisa acontece com a polaridade sexual. Em um relacionamento intimo, quando o pólo da energia Masculina de uma pessoa se aproxima do pólo da energia Feminina da outra, a força resultante atrai um ao outro. Mas quando os dois pólos Masculinos, por exemplo, são sistematicamente ativados pelas duas pessoas, a paixão ou atração entre elas é neutralizada, podendo essas duas pessoas sentirem até mesmo repulsa uma pela outra, como se uma força invisível estivesse agindo entre elas.
Se queremos passar mais tempo aproveitando do que consertando nosso relacionamento íntimo (ou procurando um novo a cada a três meses), temos que saber e entender que, a menos que pratiquemos conscientemente a arte de cultivar a polaridade sexual, a atração ou a paixão em nossos relacionamentos sempre tenderá a minguar e a morrer ao longo do tempo, porque continuaremos inadvertidamente a neutralizar a polaridade através de comportamentos equivocados e mal-entendidos sobre nossas necessidades e as de nosso par.

Invocação Sagrada de Santa Sara

Invocação Sagrada de Santa Sara

A invocação sagrada de Santa Sara é feita em todo o mundo quando se dirigem pensamentos, desejos e pedidos à ela. Ao final desta oração, beba três goles de água ou vinho tinto mentalizando seus pedidos e celebrando a proteção de Sara Kali.
Sara, Sara, Santa e amiga
Escuta-me, eu te suplico
Sara, Sara Santa e amiga
Ouve a minha voz, minha voz que reza
Tu és a protetora de todas
De todas as nossas viagens
E nós te trazemos nosso coração
Tu nos devolves a coragem, quando a infelicidade nos chega
Nós te oferecemos lindos mantos na Camargue das Santas Marias
Para nós, aqui tudo é mais belo
Porque aqui nós nos reabastecemos de vida.
Para nossa grande peregrinação
tu és consagrada como uma rainha
Nós vimos aqui de tempos em tempos te provar nossa fé cristã.
Nós te confiamos nossos segredos
Nós te apresentamos os nossos filhos
Nós te trazemos belos buquês
Nós a beijamos com o coração pulsando
Hoje nós cantaremos louvores para ti
Nós dançaremos ao redor do fogo
Nós seremos uma só voz que sobe através de ti para Deus.
Salve Sara, Salve Sara, Salve Sara
Que o manto de Sara nos cubra de bênçãos
Que assim seja
Amém.

ORAÇÃO PARA PEDIR FORÇAS

ORAÇÃO PARA PEDIR FORÇAS

Senhor!
Procuro-Te para que me dês um conforto interior, uma força que levante as minhas forças, uma paz que anime a minha paz.
És a máxima luz, a grande mão, o único caminho.
Mostras a direção certa, sustentas os corações, dás esperanças concretas.
E Tu me olhas, queres que me regenere, eleve, aumente a resistência à tristeza, ao mal, obtenha um ânimo que comece, desde já, a produzir resultados.
Pensando assim, obtenho uma fé forte.
Ponho a mente e as emoções a repousarem no Teu ser.
Encorajo-me a vencer as dificuldades e consigo a paz de espírito.
Obrigado, Senhor, muito obrigado!

terça-feira, 15 de setembro de 2020

A CIGANA QUE VIVE EM TODA MULHER

A CIGANA QUE VIVE EM TODA MULHER

Quem é a dona do jogo? Quem é que dá as cartas, embaralha, corta e dispõe sobre a mesa os segredos de nossas vidas?
É a Cigana, um espírito de luz, que nos a traz a beleza do arco-íris com a sua saia colorida.
Com o bater do seu pandeiro, lembra que precisamos de ritmo e pulso para vibrar nossa energia.
Com seu baralho precioso nos adverte acerca dos perigos escondidos.
Em troca de moedas, enriquece nossas mentes com recursos inesgotáveis que nos tornam vencedores.
Antes de tudo, a Cigana é uma mulher também e, como toda a espécie feminina é uma rosa que desabrocha espalhando seu perfume e sua beleza por onde passa.
Toda mulher tem, ainda que não revelado, exteriormente, uma alma Cigana, pois conhece profundamente todos os mistérios que o destino lhe reserva.
Sua adaptabilidade e versatilidade fazem seu primeiro ensaio ainda na adolescência, quando ela aprende que o seu corpo se modifica.
A partir daí, ela já pode ser a geradora de um novo ser que evoluirá espiritualmente na Terra.
A Cigana tem na fertilidade o seu valor reconhecido como mulher.
Não existem acampamentos ciganos sem burburinho de crianças.
Seu feitiço, sedução e magnetismo feminino vão aumentando com a chegada à vida adulta.
Nesta fase áurea a Cigana desperta-lhe a consciência de que tudo que um homem faz, tem como objetivo principal, a mulher.
No fundo, o que move o ser masculino é percorrer estradas e caminhos para conquistar a figura feminina.
A dona do ouro, da prata e das pedras preciosas também é a mais rica das criaturas porque nasceu mulher.
A Cigana tem a alma livre, porque como toda fêmea só se prende quando quer.
A mensagem do Baralho Cigano Lenormand está sintetizada na Carta 29 que apresenta em seu arquétipo a figura feminina que predomina no jogo da vida.
Sua posição no jogo, identifica onde mora a nossa percepção, a nossa intuição e a força motriz que movimenta e alimenta nosso presente para edificar nosso futuro.
A Cigana aparece em nosso jogo para dar a direção das estrelas e a força para cumprir nosso destino.