Na Umbanda Sagrada, cada entidade espiritual que se apresenta para o trabalho possui suas particularidades e sua história de vida, mesmo atuando em Falanges onde assumem um único nome. Os Ciganos que pertencem ao Povo do Oriente, costumam apresentar-se com nome, sobrenome e contar detalhadamente sua última vida na terra.
E assim é com o Cigano Josué, o Corsário! Ele nasceu nos Emirados Árabes, era um mouro que sabia locomover-se nas areias escaldantes do deserto Saara e nos mares que circundavam a Ásia, a Europa e a África. Ele era contratado do governo saudita para impedir invasores nas terras da Arábia. Ele podia passar a fio de espada qualquer invasor, confiscar bens e se apossar de navios em nome do Sultão e do Palácio.
Josué viveu muito e viajou muito. Conheceu do mundo tudo o que lhe foi permitido conhecer. Fez amigos e inimigos por onde passou. Sua história era uma lenda e o temiam. Podia ter quantas mulheres quisesse, mas amou apenas uma: Surya, a feiticeira de seu coração... Com quem teve três filhos e quatro filhas. Foi um homem de privilégios e serviu ao sultão por trinta anos, navegando ou escoltando por terra seus comandados e protegidos.
Quando retirou-se do mar, entregou seu cargo a um de seus filhos e viveu seus últimos anos em um Oásis na costa egípcia. Josué e Surya foram felizes e viveram uma vida longa e próspera. Ao desencarnar, Josué tornou-se um Guardião Espiritual a serviço do Reino do Oriente. Surya reencarnou mais duas vezes; em uma delas foi odalisca nas terras da Pérsia (Irã) e depois viveu entre o povo Rom Cigano na Europa. Tanto Surya, quanto Josué passaram a servir a Umbanda Sagrada representando o Povo do Oriente, como ciganos.
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