A mulher usava uma longa túnica e um véu que cobria seu nariz e sua boca, deixando descoberto somente seus grandes olhos negros. A linda mulher começou a falar com a cigana, usando um dialeto que ela desconhecia, mas que sua mente captava e transformava em uma mensagem: “A partir de agora, cigana, você usará pedras em suas magias. Bem perto daqui, existe uma gruta repleta de pedras. Vá até lá e apanhe muitas pedras coloridas”.
Em seguida, o clarão se desfez, levando consigo a imagem da mulher. A cigana ficou muito assustada com tudo que acontecera, principalmente porque pedras não faziam parte dos rituais de seu povo. Levantou-se e foi caminhar pelos montes, onde existia uma cachoeira. De repente, observou que havia uma grande abertura nas rochas da cachoeira, e lembrou da mensagem que ouvira. Caminhou até a rocha, passou pela grande abertura e avistou uma gruta com muitas pedras, todas cheias de pontas e das mais variadas cores. Até parecia que um arco-íris estava ali, dentro da gruta.
A cigana voltou ao acampamento, apanhou uma candeia para clarear a gruta, que era um pouco escura, e uma ferramenta com que pudesse bater nas pedras e quebrá-las em pequenos pedaços; e foi para a gruta na cachoeira. Algum tempo mais tarde, saiu da gruta e voltou para o acampamento levando muitas pedras pontiagudas de várias cores; espalho-as no tapete de sua tenda e começou a admirá-las. As pedras transmitiam uma luz e uma força que a cigana desconhecia.
Nesse momento, apareceu o mesmo clarão com a imagem da linda mulher, e a mente da cigana captou uma nova mensagem: “Essa será sua nova magia. A magia das pedras e dos cristais. Eu lhe darei a força da Atlântida e você será a primeira mensageira dos cristais do planeta Terra. Com os cristais, você e seu povo farão mentalizações para todas finalidades: curar, atrair amor e prosperidade.
Salve o Povo Cigano!
Optchá!
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